Para desmentir a máxima "todo gordo é simpático"

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Alguém acredita em gordo?

Parei para pensar e acho que as pessoas na categoria “gordo” são as mais desacreditadas na sociedade... talvez só não ganhem de políticos do PT ou do PSD.

Qualquer motivo que seja a fonte da obesidade, comida, problemas hormonais, distúrbios diversos... enfim, a causa que se prega é: Falta de vergonha na cara, ou falta de força de vontade.

Hoje é sabido que obesidade é um problema mundial e parece que a indústria não está interessada em resolver, somente se atêm à medidas paliativas: remédios, produtos diet/light, dietas milagrosas (que geralmente vem em revistas de fofoca com um encarte exclusivo com mais de 40 receitas de pavê)...

E é como uma serie de outras doenças: Para que resolver se podemos te enrolar por anos fazendo vc gastar tufos de dinheiro em formulas em farmácias conveniadas?!
Fui vitima dessas “soluções” por pelo menos 15 anos, talvez mais... Fizeram efeito? Sim, muitas vezes fizeram e todas essas muitas vezes deixaram de fazer efeito também.

Me deixavam elétrica, me deixavam irritada, me deixavam com sono, mas também com insônia, com a boca seca, com vontade de sair pulando por ai e depois me esconder do mundo. Ansiosa, apática. Tudo ao mesmo tempo! #louca

Me davam uma energia incrível para malhar, me tiravam a fome... quem não perde peso assim? Depois de um mês, se estagnava... aumenta a dose, até chegar ao máximo, em formulas mensais que chegavam ao custo de R$ 500,00...

Até hoje, conto nos dedos em quantos endócrinos eu fui que me respeitaram de verdade e quando digo respeitar, não é a questão dos remédios e sim a questão do “como vc está se sentindo? Como vc passou esse mês?”.
Entender que ninguém é gordo porque quer ou por simples falta de tentativa.

Para mim, hoje, o medico que trata a obesidade como a tal falta de vergonha na cara, não passa de um cretino desatualizado, que acomodou o traseiro na cadeira e tem a verdade em suas mãos.
Aliás, isso vale para qualquer especialidade médica, onde a maioria não tem um doutorado, mas se intitula “doutor”.

Médico, nada mais.

Aí, comecei a fazer analogias do quanto o gordo é desacreditado ou taxado:

- magro comprando roupa larga: está na moda
- gordo comprando roupa larga: é para disfarçar a barriga

- magro com roupa justa: sexy
- gordo com roupa justa: coitado, não tinha numero maior

- magro com roupa floral: moda
- gordo com roupa floral: capa de botijão

- magro comendo salada: por isso é magro
- gordo comendo salada: está de dieta

- magro comendo doce/massa: ele pode
- gordo comendo doce/massa: por isso que é gordo

- magro comendo 05 porções de qualquer coisa: ele pode
- gordo comendo 05 porções de qualquer coisa: Por isso que é gordo

- magro comendo 01 porção de qualquer coisa: por isso que é magro
- gordo comendo 01 porção de qualquer coisa: fazendo tipo

E por ai vai..........
Aliás, quando gordo faz dieta, é literalmente um capitulo a parte.

Eu sei quanto a minha alimentação é regrada, quantas mil vezes eu mastigo antes de engolir, descanso os talheres no prato, como salada, legumes e tudo o que qualquer nutricionista de esquina ou “da NASA” poderia me falar.
Não, atualmente não me exercito todos os dias, minha rotina mudou muito, hoje tenho uma casa para cuidar, roupas para lavar, janta p/ fazer, sim, e dinheiro para economizar! Não me venha com papo de “Faça uma caminhada”, lhe mandarei a merda!

“Se caminhar fizesse bem, o carteiro seria imortal”.
Hhhháá, fato, caminhar faz bem p/ saúde, mas não quando se mora em São Bernardo do Campo... a cidade das ladeiras e dos assaltos em ruas estreitas.

Queria saber por que não há o respeito pela individualidade: não gosto de comer a salada antes da refeição (para mim tem que ser tudo embolado no feijão), detesto com todas as forças do universo fazer caminhada, mas qdo posso pratico uma serie de outros exercícios (“ah, mas aí não vale”), tem gente que simplesmente não consegue comer de 3 em 3hr (já questionei p/ uma nutricionista pq as pessoas do começo do sec. XX não faziam 6 refeições e eram magras, ela não soube sequer balbuciar uma resposta), etc.

Hoje a moda é o óleo de coco (caro e horrível), até sei lá, 10 anos atrás, o coco era um vilão para qualquer portador de colesterol alto, hj virou o anjinho sentado em um do ombros? Margarina à manteiga, hoje, cozinhe tudo na gordura de porco. Sim! Frango, peixe.......... esqueça-os, voltemos ao “diabinho” de décadas, vamos comer... porco!
Castanhas? Jamais!
Hoje: coma 2 do Pará, 3 de caju, farinha de feijão branco, ração humana com açúcar mascavo, 2 colheres de sopa de azeite, leite de soja, 2 litros de água por dia.

Legal, assim você irá morrer o mais saudável possível!

Eu concordo que a maioria das pessoas emagrece com meia hora de caminhada por dia e uma dieta dessas de revistinha, mas e quando isso não serve?

Me excluindo do grupo, conheço algumas pessoas cuja essas verdades não se aplicam. Como proceder?
Cheguei a ir numa nutricionista que me fez comer mais para emagrecer!
Endocrinos... sibutramina, cascara sagrada, sene, cavalinha e o que tiver de capim por ai. Não se informam mais. Exames? Os clássicos, talvez por isso a especialidade ortomolecular esteja ganhando espaço.. talvez nem funcione direito, mas a pessoa sente no mínimo um interesse real do médico, sem taxações se ela bebe um chopp na sexta feira ou não.

E quando eles não tem a resposta?
Você mente!
Você come feijão gelado escondido de madrugada, claro, só pode ser isso!
Quem mente mais?


O gordinho que omitiu a festinha de criança e se entupiu de coxinhas no final de semana passado, ou o medico que é incapaz de descer do seu pedestal e se igualar a sua “inferioridade” humana?

O gordinho que não resiste a um sorvete neste calor, ou a junta médica que hoje não condena mais a gema do ovo?

E viva o leitão à pururuca!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Diário do Grande ABC: capitalista e protecionista

Bom, como o blog é meu e eu escrevo o que bem entender por aqui, hoje, vim para botar “a boca no trombone”.

Quem mora no ABC está muito perto de uma das capitais mais influentes no mundo, mas ao mesmo tempo, encontra-se renegado e de certa forma negligenciado e isso, em diversos aspectos.

Temos um dos maiores PIBs, grandes indústrias, comercio... e quem nos põe a par das informações da região?
Hoje, apenas o famoso jornal Diário do Grande ABC.

Como já tinha aprendido com meu pai “Compre sempre o Diário e a Folha” e sabia que de domingo vinha o tão esperado Diarinho.

Enquanto criança o Diário me serviu muito bem obrigada, mas e hoje, passado mais de 20 anos?

Entre 2007 e 2009 cursei Gastronomia na então FAENAC, em São Caetano do Sul. Era reconhecido como uma das melhores de SP, consequentemente do Brasil. Aulas das 19 às 22h40 e todos os sábados. Tínhamos a disposição tudo o que é necessário para um bom curso, equipamentos, ótimos professores e material de primeira linha e todos os ingredientes precisos, fosse de um simples arroz branco a diversos tipos de caviar, trufas, cortes de carnes especiais, etc, etc, etc. Ou seja, um curso caro, fato, mas extremamente bem montado.

No meio de 2008 a FAENAC foi comprada pelo “simpático” grupo Anhanguera e em questão de dias sentimos o baque: ingredientes faltantes, estragados, trocados, super lotação da faculdade e por aí vai.
Um belo dia, uma colega se cortou em aula, foi à enfermaria e qual não foi a surpresa? Por contenção de gastos, desmontaram a enfermaria. Na época, a alegação foi que eles não poderiam ministrar medicamentos... mas... um bandaid?! E mesmo não sendo gastronomia, um dicente ou docente não pode passar mal e requerer primeiros socorros?!

Depois de muito brigar com a direção, recorremos ao Diário do Grande ABC, relatando tudo o que se passava não só com nosso curso, mas com a faculdade. Uma “jornaleirazinha” foi até lá, checou, constatou... (de uma coisa serviu, reabriram a enfermaria) mas, nada, nunca foi publicado; motivo? A Anhanguera era (ou é) um dos seus maiores anunciantes, como iriam falar mal?

Já desiludida, mas persistente, este ano fiz outra reclamação ao Diário, dessa vez relatando a degradação do patrimônio histórico de SBC. Detalho abaixo:

Por volta de 2007: Iniciam-se as obras do mega condomínio Anima. A área foi liberada pela prefeitura para construção desde que a construtora e posteriormente o condomínio assumissem a responsabilidade de manter a área verde do terreno (que eles acabam usando como atrativo de venda, “bosque preservado”) e mais 3, vamos chamar de casinhas.

2010: Com as obras completamente atrasadas e com a mudança do plantão de vendas, a construtora (inicialmente Abyara, depois Agre, hoje PDG) achou por bem, tampar as casinhas, afinal, como eles vão explicar aos compradores que precisam manter aquele patrimônio tombado pela prefeitura?

2011 e as chuvas torrenciais do começo do ano, derrubaram sobre uma das casinhas uma árvore, que ali permaneceu por aproximadamente 6 meses.



Agosto/Setembro – 2011: Finalmente retiraram a árvore e parte do tapume que encobria a casinha, deixando aparecer um patrimônio destruído, com o teto caído, pixado.



30/Set/2011: Entrei em contato com o Diário, mais precisamente com a “jornaleira” Bruna Gonçalves, lhe relatei detalhadamente o caso e enviei fotos.

05/Out/2011: Reencaminhei o email, agora com cópia para Carolina Abranches

07/Out/2011: A outra jornaleira, Luana Arrais, entrou em contato comigo, por telefone. Ela disse que havia checado sobre o tombamento das casinhas na prefeitura, visitou a área do Anima e comprovou tudo o que eu havia relatado. Naquele momento ela estava aguardando um parecer da construtora. OK, correto, escutar as duas partes.

Desde então não consigo mais nenhum contato com isso que se chama “jornal” e muito menos uma resposta das “estagiárias” de plantão.

Escrevo na página do Diário no FB (http://www.facebook.com/#!/jornaldgabc) e eles apagam, claro....

Agora:

1) se o acordo com a prefeitura era zelar pelo patrimônio, pq uma empresa deste porte não consegue manter uma casinha restaurada?
2) se isso é um patrimônio, tombado, julgo que seja importante para nossa cidade/região, então, qual o cabimento de deixar escondido aos olhos dos cidadãos?
3) a segunda e terceira casinhas estão atrás de um muro, impossível de ver, ou seja, seu estado pode estar ainda pior que a fotografada
4) alem de um atentado ao patrimônio esta obra monstruosa vem causando inumeros transtornos ao bairro... ruas cheias de entulho, lama, asfalto afundado pelo trafego de caminhões, queda de material de construção nas casas vizinhas, poeira, barulho, aumento de trafego nas ruas da vila.
5) como se não bastasse, especialmente aos finais de semana, o empreendimento se acha "dono da rua". Eles montam um vallet e estacionam os carros dos dois lados da Rua Braga (onde se vê claramente inumeras placas de proibido estacionar). Chegam a se formar filas enormes de 20-30 veículos, parando inclusive em frente à casas e empresas. A rua é estreita e sinuosa, com carros parados dos dois lados fica impossível visualizar quem sobe e quem desce, o que vem causando inúmeros acidentes/batidas, até porque, quem desce a rua, normalmente vem em alta velocidade, não respeitando nem as lombadas colocadas em frente a uma EMEI. Lombadas estas que os caminhões já afundaram com seu peso. A CET já foi informada, mas parece conivente com a situação.


Só eu me incomodo com essas coisas erradas, com essa proteção à grandes empresas? É assim, você cala um meio de comunicação apenas com um anuncio? O comércio acima dos interesses da região?

Esses são apenas dois casos, mas com certeza, 2 entre muitos.
O Diário é realmente confiável? Não está mais que na hora de surgir um concorrente à altura?

Vamos dizer que infelizmente é o que se tem para hoje... uma porcaria de jornal que não serve nem para minhas cachorras, porque dá desgosto gastar dinheiro comprando papel de embalar peixe!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Gordo no provador

Gordo quando vai comprar roupa sofre.
(Entenda por “gordo” qualquer pessoa que vista a partir da numeração 44)
Mulher gorda quando vai comprar roupa sofre mais ainda.

Sim, sou mulher e sou “gorda” (acima,mas nem tanto do 44).

Para pessoas no padrão “magro” a frase é: “vou ao shopping fazer compras!”, para um gordo “puta merda, preciso comprar uma roupa, vou ao shopping tentar achar qualquer porcaria”. Note que até a frase do gordo é mais... gorda.

E lá vai o corajoso detentor de quilos a mais, ou apenas, estatura desproporcional para o seu peso.

Primeira loja, entra o gordo(a), pede a calça jeans que está na vitrine, a vendedora com desprezo, mascando chiclete: “É prá você?” (não precisa falar mais nada...). Eu como sou escrachada já solto: “É sim, algum problema?”, mas já vi e sei de casos em que a pessoa se recolhe a insignificância a que foi colocada e diz que é para presente. O pior? Compra um numero 42 que vai ficar pendurado no armário até ela emagrecer... quem sabe, um dia, talvez...

Segunda loja: Departamentos. – Agora os magazines colocam num cantinho, ali, escondidinho, claro, quando tem, uma sessão “tamanhos especiais”. Ué, é roupa para quem tem duas cabeças, três braços e cinco peitos?! Especial em quê? Alias, a gente vê o tanto que o gordo é especial para as marcas e o quanto de cuidado é usado na confecção dos modelos:
- roupa casual: um quadrado com três buracos
- roupa social: um quadrado com três buracos
- roupa de ginástica (quem disse que gordo tem que ser sedentário): um quadrado com três buracos
- roupa para a noite: um quadrado preto com três buracos (sem manga p/ dar charme)
- roupa de verão: um quadrado com três buracos e flores, muitas flores
- roupa de festa: um quadrado com três buracos e lantejoulas colocadas na circunferência da “cintura”
- lingerie sensual: calçola bege com rendinha preta
Hum..... não rolou.

Terceira loja: “Temos tamanhos grandes”. O gordo olha para um lado, olha para o outro, vê se não tem nenhum conhecido em volta e entra na loja.
- Oi, queria ver aquela calça jeans...
- Aquela só tenho 44.
Porra, já logo de cara a porrada e vc enxerga o pensamento da vendedora: “Ahá, colega, quer enganar quem? Você com essa bunda não usa só 44”
Educadamente:
- Isso, 44.
E lá vai o gordo esperançoso para o provador – minúsculo – provar a maldita calça 44.
TOC TOC TOC
- Ficou bom?
PQP, verão, calor de 40ºC, ar condicionado da loja pifado, provador diminuto... O que essa idiota pensa? Ainda não consegui nem sair da outra calça!
Pulinhos para um lado, pulinhos para o outro e a maldita calça 44 (modelagem chinesa, claro), não passa da coxa.
- Oi, essa não ficou boa...
- Vou trazer maior!
E você que tinha pedido uma calça jeans convencional numero 44 se pega experimentando uma calça floral, com laçarotes do lado, com punho no tornozelo, tamanho 48.

O suor escorre pela testa, vc já trombou contra as paredes do provador inúmeras vezes e está cada vez mais difícil colocar qualquer tamanho de calça.
Aliás, o desmaio é iminente.
Tá bom, aí vem a vendedora: “olha, achei essa no estoque”.
Calça jeans, padrão “calça jeans”, tamanho 48 (OK), cintura média-alta. Tá, ta, tá bom, você não gostou tanto assim, mas, é o que tem prá hoje... apenas R$ 250,00.

Precisava tanto de uma blusinha............
Fica prá semana que vem!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Você mulher, precisa de homem exatamente para quê?

Eu conheço bem mais de meia dúzia que precisa de homem por mero status, “Se tenho alguém sou melhor que as outras”.
Olha amiga, pode realmente até ser, visto que hoje vivemos num mundo que tem uma proporcionalidade avassaladora sobre as mulheres, cerca de 1 macho para cada 8 fêmeas.

E esse tal macho, podemos dizer, que em 20% (ou mais) dos casos, não é tão macho assim... o que piora as estatísticas para o nosso lado.

Ok, aí você bonitona, deu um golpe em outra mulher, tá toda faceira com seu novo troféu ao lado, mas...... Vamos lá, seja um pouquinho pensante... Você já parou para raciocinar que seduzir um homem não é tão difícil assim?!
Num universo de 100% de homens, pelo menos 85% são total e facilmente corrompíveis ao ver uma saia mais curta, sentir um perfuminho doce (e barato) e se você for mais ousada e deixar sua mão tocar meio que sem querer na coxa do rapaz... hahahaha, BINGO!

Ok, feito isso você está contente e cai na triste e doce ilusão intitulada “ele vai mudar por mim”. Sim querida, ele vai, vai mesmo, em português, claro e chulo, enquanto ele tiver te comendo e você fazendo as vontades dele (em todos os aspectos da vida), você será a fêmea alfa do macho em extinção.

Agora, experimente, bem de levinho, começar a impor suas vontades. Não estou falando para se tornar chata, porque tem mulher que peloamordedeus............ só estou falando para “ser mulher” e não boneca inflável que lava louça/roupa.

Huuummm... pode apostar, seu troféu vai se transformar numa espécie de taça da Copa do mundo, onde quem jogar melhor no próximo evento, leva prá casa.
Lembre-se mulher, índole não se muda! (Ok, assim como a sua, que não teve escrúpulos em passar a perna em alguém da própria espécie, mas vou me concentrar o texto nos homens agora).

Ok, aí você ganhou a tal Copa, aí não importa, pode ser um torneio anual, bianual, de quatro em quatro anos, não importa. Mas ele acontece.

Está lá, você e seu troféu exposto em casa, tudo vai muito bem, claro, por que não estaria?! A jantinha dele está sempre posta à mesa, do mesmo jeito que a mamãe dele fazia antes dele sair de casa e resolver morar com você.

Então você está exausta, trabalhou o dia todo, chegou em casa, lavou roupa, fez a janta, se não tiver faxineira pior, mas mesmo que tenha, ainda tem que organizar algo na casa, se tiver filhos, cuidou deles, regou as plantas, fez a lista de compras da quinzena, ufa, finalmente tomou um banho, sentou-se no seu sofá, colocou os pés para cima apoiados num pufe. “Ai que amoooooorrrrr!!!”. Seu homem (marido, amigado, ficante, namorado e afins) sentou ao seu lado para ver a novela das 21hr com você!

Ah claro, esqueci de mencionar: ele sentou ao seu lado depois de trabalhar, chegar em casa, tomar banho e jantar (só).

Detalhe: é quarta feira!!! Dia de jogo! Dia de jogo do time dele, que claro, ou não é o seu time, ou você não dá a mínima para futebol... A novela acaba (mais cedo) e... cadê você?! Ah, ta ali do lado, sendo gentilmente solicitada para servir uma cervejinha para o seu amor!
Que mal há nisso?! Nenhum! Eu amo esse cara!

Blin blon. Campainha? Essa hora?
É colega, ele esqueceu de te avisar que é final de campeonato, ele chamou uns cunhados e amigos para ver o jogo na recém adquirida TV LCD de 50 e tantas polegadas.
Mas não se preocupe vai... você não vai ter que cozinhar, eles levaram os petiscos... mas por favor, só deixe aqui na mão os potinhos e os copos, “sabe como é amor, você que sabe onde está tudo nessa casa” – (“Claro porra, eu que arrumo tudo aqui e você não levanta seu traseiro nem para guardar as cuecas!”).

“Mas minha mamãe fazia assim...”

Ao ir e voltar da cozinha, depois de cumprimentar com um sorriso amarelo a cambada que acabou de chegar você nota que seus pés estão moídos do salto que você teve que usar o dia todo... “vou deitar”.

Corrija amiga enquanto você tem tempo: “Vou deitar e eles ficam aí. Vou sair de fininho para que não me peçam mais nada!”

E quem disse que você consegue dormir?
Gritos, risadas, fogos (na vizinhança) e todo aquele palavreado peculiar de homens quando estão juntos (assistindo um jogo).

“Agoooooora eu vou dormir!”. Os amigos do seu “more more cuti cuti” foram embora e ele vem se deitar com você, feliz, porque o time dele ganhou!

Ledo engano! Inicia-se a sinfonia do ronco!
Eu queria realmente saber como homens conseguem dormir tão rápido... eles parecem qualquer tipo de aparelho ligado na tomada, basta apertar o off. E como não é possível se viver sem energia elétrica, entra em ação um grande e potente gerador a diesel, daqueles bem barulhentos, que fica ali, a noite inteira do seu lado.

Finalmente amiga triunfante, você dorme!
Que sonho lindo, você ali numa viagem cinematográfica, numa praia paradisíaca quando de repente, vem um assaltante e coloca uma arma com seu cano rijo em suas costas.

Oi? Praia? Arma? Assaltante?
Você acorda ofegante do inicio de pesadelo, mas percebe que a sensação do assalto ainda está lá!

Pois é, é o seu Vida, de madrugada, te encoxando como se você fosse uma boneca inflável, prontinha e lubrificada para ele exteriorizar toda a alegria que ele está sentindo pelo time dele ter ganho.

Você, que não é boba nem nada, logo se vira de barriga para cima, e fica lá, olhando para o teto, enquanto pensa em como seu dia será longo amanhã e como você queria estar dormindo naquele momento...

Depois de uma meia hora, você pode voltar a tentar dormir ... antes do gerador ser religado no modo diesel.

Mas tudo isso tem uma compensação! Claro, deve ter! É muito amor!

6h30 da manhã, você vai preparar rapidamente uma salada para levar para comer na hora do almoço, pega o vidro de palmito... Seu amor vem todo cheirosinho lhe dar aquele abraço revigorante. Um triangulo amoroso: ele, você e o vidro de palmito... Aberto!
Você já abriu, afinal, inventaram “abre fácil” para quê?

- Tchau amor, bom trabalho...
Você sorri, tira a carne do freezer para descongelar e sai para passar corretivo nas olheiras.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Os primeiros passos ao endocrinologista

Para entender um pouco o contexto deste blog, é preciso passar pela parte nem tão engraçada e nem tão mal humorada da minha vida... É preciso saber o que aconteceu lá atrás, para compreender tudo o que veio depois. Então vamos lá!

Nascia lá pelo final de um dia do final do mes de março, a primeira filha, a primeira neta, a primeira bisneta, a primeira tataraneta de uma familia cheia de misturas... todas essas numa só. Imaginem então o tanto de espectativas colocadas nessa menininha... sonhos, desejos, promessas... qual seria a cor de seus olhos?
Os olhos se abriram azuis esverdeados como os olhos do pai, cabelos loiros, loiros... como os primeiros desejos desejaram.

Surgia ali a tal Carolina, cheia de mimos, cuidados e uma babaçao completa de 8 tias avós, 4 tios muito proximos, madrinha... Mas nem tudo foram flores no reino da princesinha, não por maldade, mas por necessidades que se passam pela vida.
Papai e mamãe continuavam trabalhando e estudando para que o futuro fosse melhor, então a Carol passou a ficar full time na casa dos avós (babões como bons avós ) antes mesmo de saber o que significava essa expressão. E isso nunca foi um problema não! Só papai que as vezes ficava meio constrangido qdo eu, a tal Carol, não queria ir para casa aos finais de semana. Rs

Veio então a escolinha e os primeiros problemas...

Até hoje não se sabe o que aconteceu, se alguma espécie de estresse, pré disposição genetica, reflexo da alimentação ou tudo junto numa mistura explosiva... Manifestaram-se as convulsões.

Hoje, uma das minhas cachorras sofre de convulsões... acredite quem quiser, o remedinho de cabeceira da Tati, a cachorra, é um comprimido de Gardenal. Hoje as crises dela são raras, mas acontecem... se ver uma cachorrinha (mesmo com diagnóstico) se debater no chão sem controle aperta e desespera o coração, imagino como dói para uma mãe ver seu/sua filho(a) passando pelo mesmo e pior, sem ter idéia do porquê!

Começou então a maratona de médicos... se hoje a gente escuta tanta bobagem, tantos diagnósticos controversos, se consulta, com o perdão da palavra, numas antas, imaginem há quase.... cof cof cof, 30 anos!

Depois de muito peregrinar, minha mãe descobriu que o especialista que ela deveria me levar era um endocrinologista. E quem disse que existia um endocrino especializado em crianças? Aliás, quem disse que tinham "bons" médicos no Abc?

Iamos para São Paulo, aaaahh como me cansava... lá ia eu deitada no banco de trás (sim, sem cinto, pq na década de 80 isso não era necessario nem na frente) olhando para o céu... aquilo me dava um sono...

Então chegavamos num consultorio, que eu me lembro, bem arrumado e cheio de fila... Não sei ao certo, mas minha impressão é que ficávamos ali por 2, 3, 4 horas seguidas. Podiam ser 20, 30 minutos, mas para meu tempo de criança aquilo passava se rastejando como a eternidade.

Chegava então a minha vez, lembro de pouca coisa, vagamente do médico, mas, lembro de instruções "aberrativas", como "dê para ela somente 4 fatias de frios por semana". Como assim?! Qualquer um enfia 4 fatias de frios dentro de um unico lanche!



"Chup-chup nem pensar!". Era pedir para que eu morresse ali mesmo na frente do médico... não poder chupar aquele chup-chup de brigadeiro que vinha com uma vaquinha desenhada na frente!!! Aaaaaaaaaahhhhhhhhh!!! Acho que foi ali que os primeiros traços de revolta começaram a se desenhar dentro de mim...

A parte dos "nãos" cabe em outro post, tratamento, dificuldades, mas aqui, conto o diagnóstico:

- Hipoglicemia + alto colesterol + alto trigliceris = criança com doenças de "velho" (quadro muito raro e muito preocupante no incio dos anos 80).

O primeiro endocrino assustou 'um pouco' minha mãe... me diagnosticou com falência pancreatica, ou seja, dependente de insulina dali, dos 4 anos de idade até o fim da vida. Não convencida, minha mãe buscou outros médicos e consequentemente outros diagnóticos.

E foi aí, já tão novinha, que me deparei com a (PORRA) da "reeducação alimentar"..........

Mal sabia eu o que poderia vir pela frente...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Bom dia, boa tarde, boa noite!




Confesso que o projeto desse blog estava engavetado há decadas nas comodas da minha cabeça... já passou de projeto blog, para projeto twitter, mudou de nome e por aí vai...

Aí um belo dia tive faniquitos de voltar a escrever sobre minha vida... tive por anos um blog com um amigo, A dor do calango, muito antes que blogs fossem moda... naturalmente ele se acabou, foi-se no tempo e no espaço juntamente com o Bob Esponja e os gnósticos.

Então montei primeiramente meu blog www.criticozinha.blogspot.com que tem, como diz o nome, criticas gastronomicas e assuntos relacionados... Eu escrevo muito menos do que eu gostaria por lá, mas infelizmente hoje, é o que o tempo e a pessima conexão com a internet me permitem...

Mas eu queria mais!
Queria ter um espaço que eu pudesse compartilhar meu mau humor ácido, meus risos e observações sobre um mundo patético. Depois de tanto enrolar, minha ultima consulta com uma doida de uma psiquiatra foi o empurrão que eu precisava para voltar a escrever...

Sim, psiquiatra! Sempre (re)neguei essas especialidades quase holisticas, mas hoje, são elas (psiquiatras e psicologas) que me mantém conectada ao chão, sem flutuar e sem querer me afundar nele. Tomo tarjas pretas e não me orgulho disso... como 97,2% das pessoas que eu conheço não acho popular ou glorificador falar que vou tomar um rivotril para dormir ou "um quartinho de lexotan"....... Os tomo, simples assim... tenho tantas receitas que poderia vende-las na Praça da Sé e sair do limite do meu cartão. Mas não vendo, só compro (os remédios), por enquanto preciso disso para manter um pouco a sanidade, as vezes nem tomo, mas de ver a caixinha alí sorrindo p/ mim, já me tranquiliza.

Bom, o papo que eu tive com essa psiquiatra "Pereirão" (que não faz o buço há pelo menos 2 vidas e meia) me abateu por 2 dias... ai como eu chorei... hoje, tô aqui, escrevendo sobre isso, rindo e usando de estimulo para alguma coisa, nem que seja para xingar a demente...

Ao longo dos posts vou, claro, colocar essa conversa, que tenho certeza que irão rir litros (ou ficarão passdos), mas agora, só deixarei vocês com um gostinho de quero mais...

E é isso que espero, ter sempre vocês em minha cia!

Sejam bem vindos em mais este projeto, que vai durar enquanto houver gordura trans no mundo!